O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse nesta quarta-feira, 10, que a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, "foi ótima" e que o projeto de lei da desoneração "não tinha horizonte, mas agora tem".
A declaração de Wagner, que além de líder do governo é relator do projeto da desoneração, indica um entendimento para que o texto possa ser votado no plenário nesta quarta-feira, 10.
"Só entrará imposto novo se tudo o que a gente está fazendo outros projetos apresentados pelo Senado não alcançar o suficiente para cobrir a desoneração", afirmou o petista.
Segundo Wagner, "não necessariamente" o aumento proposto será de um ponto porcentual da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). O <i>Broadcast Político</i> mostrou ontem que o governo sugeriu ao Senado a majoração da CSLL como forma de cobrir a renúncia fiscal provocada pela desoneração. "Pode precisar só de 0,25 ponto porcentual ou 0,5 pp, e por dois anos", declarou.
"Haddad disse que não pode lançar uma proposta sem colocar coisa segura, Rodrigo Pacheco disse que com o aumento da CSLL vai sobrar receita. Eu não quero que sobre", completou.
O líder do governo disse que a equipe econômica está fazendo as contas do impacto fiscal das medidas do Senado para aferir se elas serão suficientes ou não e se outras propostas serão necessárias.
"Terá de ser medido. O texto vai dizer exatamente isso. Se aqui medidas do Senado atingir o necessário para cumprir, tchau e bênção novo imposto", finalizou o senador.