Internacional

Williams, do Fed, pede “um pouco mais de paciência” antes de alta dos juros

O presidente do Fed de São Francisco, John Williams, repetiu seu apoio neste domingo a “um pouco mais de paciência” antes de o banco central dos Estados Unidos começar a aumentar as taxas de juro de curto prazo, já que a melhora continuada no mercado de trabalho doméstico está sendo contrabalançada pela turbulência econômica no exterior.

Questões globais, como uma desaceleração na China e o fraco crescimento na Europa, no Canadá e no México, provocaram “ventos contrários significativos na nossa previsão para o crescimento e empurraram para baixo a inflação”, disse Williams, em entrevista concedida a Maria Bartiromo na Fox News.

Ele soou otimista sobre a situação do mercado de trabalho dos EUA, observando que as taxas historicamente baixas de participação na força de trabalho se devem em grande parte devido à aposentadoria da geração “baby boom”. Ele disse que espera ver uma melhora nas taxas de participação, no desemprego e nos salários à medida que a economia continuar se fortalecendo.

Em recuperações anteriores, observou Williams, a economia tinha que chegar “perto da força total” para os salários aumentarem. “Acho que nós estamos nesse ponto agora”, afirmou. “Nós vamos ver mais aumentos nos salários durante os próximos anos e isso fará parte da história de trazer a inflação de volta para 2%.”

Williams disse que a recente decisão do Fed não elevar a taxa de juros refletiu as tendências de compensação entre os EUA e o exterior e pediu paciência e mais dados. “Nós estamos tentando equilibrar essas várias considerações, obter a decisão certa, mas eu de fato apoiei ter um pouco mais de paciência, coletando um pouco mais dados, tendo uma visão um pouco melhor de onde estamos e para onde a economia está indo antes de iniciar a primeira elevação da taxa”, afirmou.

Em declarações no sábado em uma conferência sobre a China, Williams havia descrito a decisão de não aumentar as taxas como “por um triz” e disse ter avaliado que os argumentos por maior paciência são mais convincentes do que aqueles que defendem um aumento da taxa mais cedo do que tarde. Fonte: Dow Jones Newswires.

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