Willian, do Arsenal, critica pouca ação contra racismo no futebol: Sem evolução

O meia brasileiro Willian, do Arsenal, criticou as autoridades do futebol e pediu mais ações contra o racismo. Segundo o atleta, os protestos feitos pelos jogadores, como se ajoelhar antes das partidas, não têm surtido qualquer efeito em evitar que novos casos de ofensas raciais aconteçam no futebol.

"Nós, jogadores, fazemos nosso papel (para combater o racismo), de uma forma a tentar mudar, mas as autoridades, que estão acima de nós, precisam trabalhar para essa mudança. Não vi evolução nenhuma. A gente continua ajoelhando no campo antes dos jogos, mas não vejo evolução", afirmou Willian em entrevista ao canal de TV ESPN.

"Sempre tem situações acontecendo e faltam medidas. A partir do momento em que tiver punição para quem merece, aí sim vai melhorar. Por enquanto, não tem evolução. Fica no gesto", lamentou o meio-campista brasileiro.

O gesto de ajoelhar começou nos Estados Unidos, como um protesto contra a violência policial, e passou a ser feito na Inglaterra antes do começo de cada jogo após a morte de George Floyd e os protestos raciais. Contudo, nos últimos meses, diversas ofensas racistas foram feitas contra os jogadores do Campeonato Inglês nas redes sociais.

Na entrevista, Willian também falou sobre o momento que vive dentro dos campos. "Foi um começo bem difícil no Arsenal, tirando o primeiro jogo, que eu fui destaque. Tivemos uma sequência ruim, e eu também. Foi o pior momento meu como profissional. Quando você vive um momento difícil, você fica chateado e tenta encontrar soluções para melhorar. Estou fazendo isso todo esse tempo, treinando, trabalhando, me dedicando. Demorou um pouco, mas estou voltando a jogar bem nos últimos jogos, participando com assistências. Fico feliz de reencontrar meu bom futebol", disse.

"Estou pronto para atingir o nível que eu atingi com a camisa do Chelsea. E é esse o meu desejo. É isso que espero para esse final de temporada: ajudar da melhor maneira possível e voltar ao nível de Chelsea", projetou o brasileiro.

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