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WSJ: esbarrão de comissária em assento do piloto pode ter causado mergulho em voo da Latam

A perda súbita de altitude de um avião da Latam que voava entre Austrália e Nova Zelândia pode ter sido causada pelo esbarrão de uma comissária em um botão no assento do piloto, segundo o jornal americano <i>Wall Street Journal</i>.

Procurada pela reportagem, a Latam respondeu que "em relação ao voo LA800, que operou a rota Sydney-Auckland em 11 de março, o LATAM Airlines Group informa que continua trabalhando em coordenação com as autoridades para apoiar a investigação e que não compete à LATAM comentar as especulações em torno do tema".

O jornal afirma que, de acordo com autoridades da indústria dos Estados Unidos informadas sobre evidências preliminares de uma investigação, uma comissária teria esbarrado em um botão no assento do piloto ao servir uma refeição, acionando recurso para empurrar o piloto para os controles e colocar o nariz do avião para baixo. O botão fica coberto e não deve ser acionado quando o piloto está sentado.

O incidente ocorreu na última segunda-feira, 11, e o mergulho repentino da aeronave fez com que as pessoas que estavam sem cinto de segurança fossem lançadas ao teto, segundo relatos. O voo transportava 263 passageiros e nove tripulantes.

No dia do incidente, a Latam afirmou em comunicado que houve "um evento técnico" durante o voo LA800, "que causou uma forte movimentação da aeronave", afetando passageiros e tripulantes. O avião, um Boeing 787-9 Dreamliner, pousou no aeroporto de Auckland conforme programado, disse a companhia aérea.

<b>Dezenas de feridos</b>

Passageiros e tripulação foram recebidos em solo por uma dezena de ambulâncias e outros veículos médicos, que foram mobilizados para tratar os feridos. Cerca de 50 pessoas receberam os primeiros socorros; dez passageiros (incluindo dois brasileiros) e três tripulantes foram levados a um hospital.

A aeronave deveria seguir para Santiago, no Chile, mas o voo foi suspenso e um novo voo foi agendado para o dia seguinte. A Latam indicou que forneceu alimentação e alojamento aos afetados, lamentou os inconvenientes e reforçou seu "compromisso com a segurança como um valor inegociável das suas operações".

Na terça-feira, 12, investigadores da Nova Zelândia recuperaram o registro de voo do avião e a Latam afirmou que estava trabalhando com as autoridades competentes para elucidar as causas do incidente.

O incidente com um Boeing 787-9 Dreamliner ocorre dois meses depois que outro modelo da fabricante americana relatou um problema. No início de janeiro, uma porta de um Boeing 737 MAX 9 da Alaska Airlines se soltou durante o voo, logo após a decolagem. Houve vários ferimentos leves.

Recentemente, os 737 MAX da fabricante americana ficaram paralisados por quase dois anos após dois acidentes envolvendo duas de suas aeronaves, nos quais morreram mais de 350 pessoas: o primeiro, no final de 2018, envolvendo a empresa indonésia Lion Air, e o segundo, no início de 2019, com a empresa etíope Ethiopian Airlines. Em ambos os casos, um problema ligado a um novo programa esteve na origem dos acidentes. (Com agências internacionais).

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