Respaldado pelo nome de batismo em seu novo clube, o lateral direito Raí Ramos foi apresentado nesta segunda-feira, no São Paulo, e espera agora escrever um capítulo vitorioso da sua carreira a serviço de um gigante do futebol brasileiro. Aos 28 anos, ele deixa o Ituano e realiza o sonho da família ao ingressar na equipe comandada pelo técnico Rogério Ceni.
"Quando minha mãe ficou sabendo, ficou emocionada e tomou até remédio para ficar mais calma", contou o reforço que foi batizado de Raí em homenagem ao ex-meia que comandou o São Paulo no ciclo vitorioso do início dos anos 90.
O jogador tem participado dos treinos desde a sexta-feira e, nesta segunda, já foi utilizado no jogo-treino realizado contra o Coritiba, no CT da Barra Funda.
Com cinco jogadores para a função de lateral direito, Raí chega para aumentar a concorrência na posição. No entanto, diz estar preparado para jogar. "Estou aqui para procurar o meu espaço e trabalhar muito. Estar no São Paulo é uma grande oportunidade para mim", disse.
Sobre o fato de trabalhar com Rogério, Raí Ramos falou da idolatria pelo ex-goleiro e da chance de mostrar serviço sob o comando de um dos maiores ídolos do clube. "Fui recebido muito bem, ele tem conversado comigo e quero agora fazer de tudo para contribuir. É uma honra. Sempre via o Rogério pela TV. No jogo que fiz contra o São Paulo no Paulista, em um lance em que fui cobrar um lateral, estendi a mão para cumprimentá-lo", disse.
Raí Ramos chega ao Morumbi valorizado pelas suas boas atuações com o Ituano no Paulista. O contrato com o São Paulo vai até dezembro de 2025. No elenco, Rogério tem encontrado problemas na posição. Rafinha, Moreira e Igor Vinícius passaram a maior parte do tempo lesionados durante o Estadual. Orejuela e Nathan, não aproveitaram as chances que tiveram nos primeiros meses deste ano, ainda não se firmaram no time.
Sul-mato-grossense de Japorã, ele passou pelas categorias de base de Atlético-MG, Monte Azul e Bahia antes de chegar ao Londrina, clube no qual se profissionalizou. Foi emprestado para outros times do Paraná, como Toledo e Operário, e teve experiências internacionais no Shukura Kobuleti, da Geórgia, e no Varzim, de Portugal. Entre as passagens pelos dois times estrangeiros, vestiu também a camisa do Oeste e do próprio Londrina. Chegou ao Ituano no ano passado, após retornar do futebol português.