O presidente da China, Xi Jinping, pediu nesta quinta-feira, 6, conversas de paz sobre a Ucrânia, após o presidente da França, Emmanuel Macron, apelar a ele que "traga a Rússia à razão", mas o líder chinês não sinalizou que Pequim usaria seu peso como parceiro diplomático de Vladimir Putin para pressionar por um acordo. Xi não deu sinais de que a China, que declarou sua "amizade sem limites" com Moscou desde o ataque no ano passado, havia mudado de postura desde que pediu em fevereiro conversas de paz. Mas ele acrescentou sua autoridade pessoal ao repetir o apelo em um evento conjunto com Macron, diante de repórteres.
"As conversas de paz devem começar o mais rápido possível", disse o anfitrião.
O líder chinês disse que "preocupações de segurança legítimas de todas as partes" devem ser consideradas.
Trata-se de uma referência ao argumento de Moscou de que a invasão à Ucrânia era justificada por causa da expansão a leste da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar entre EUA e nações europeias.
Durante a conversa dos líderes mais cedo, Macron apelou a Xi para levar todos à mesa de negociações, e pediu respeito à integridade territorial de um país.
Segundo ele, o anúncio de Putin de que seu governo enviará armas nucleares à Bielo-Rússia viola acordos internacionais e compromissos feitos por Moscou com o governo chinês. "Temos de encontrar uma paz duradoura", afirmou o presidente francês.
A China é o maior comprador de petróleo e gás da Rússia, o que ajuda a apoiar a receita do Kremlin, diante de sanções do Ocidente. Isso aumenta a influência chinesa, mas Xi parece relutante em ameaçar a parceria ao pressionar Putin. Fonte: <i>Associated Press</i>.