A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, reafirmou nesta quinta-feira a intenção do país de pressionar a Rússia com sanções econômicas e também de fazer "todo o possível" para ajudar a Ucrânia. Ao mesmo tempo, ela notou, durante entrevista coletiva, que um eventual embargo da Europa à energia russa exige "cautela", por seu potencial de subir preços no setor pelo mundo.
Yellen lembrou que a receita com petróleo e gás é bastante importante para a economia da Rússia, por isso seria "desejável" que essas compras do país fossem reduzidas. Porém considerou que antes seria preciso avaliar meios alternativos de repor essas compras. "O objetivo das sanções tem sido impor o máximo de dor econômica sobre a Rússia, enquanto mítica o impacto sobre os aliados."
A secretária do Tesouro também disse que os EUA não veem "tentativas disseminadas de evasão das sanções" pela Rússia e que era "difícil de imaginar isso usando criptoativos". Em sua fala, Yellen ainda afirmou que os EUA se comprometeram com o primeiro-ministro ucraniano a enviar mais US$ 500 milhões em ajuda ao país.
Em outro momento da coletiva, Janet Yellen considerou que a inflação mais alta atual não deve ser algo permanente. Segundo a autoridade, produzir tudo internamente seria mais caro e o ideal é que parceiros possam ajudar nas frentes em que têm mais eficiência.
Ela disse que o governo do presidente Joe Biden deve anunciar em breve medidas para apoiar o fornecimento de alimentos e também que as cadeias de produção americanas "não estão resilientes", no contexto atual.