Um dia após pedir respeito e atenção com o ataque do Quênia, Zé Roberto Guimarães viu a seleção brasileira feminina de vôlei estrear nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 com vitória arrasadora diante das rivais. Satisfeito com a produção da equipe, o treinador comemorou a "seriedade" apresentada diante da adversária mais frágil do grupo que ainda tem Japão e Polônia.
"O que eu gostei do jogo foi a seriedade com que o time encarou esse desafio. A gente sabe que o Quênia está um pouco abaixo das principais forças. E o nosso time foi sério, buscou cada bola e teve concentração durante todo o jogo", celebrou o técnico.
Em seu quarto jogo olímpico diante do Quênia na história, o Brasil mostrou-se arrasador para fechar em 3 sets a 0, com parciais de 25/14, 25/13 e 25/12, o que deixou Zé Roberto extremamente feliz antes de encarar o Japão.
"Era importante que a gente ganhasse por 3 a 0, sofrendo o menor número de pontos possíveis, porque tudo conta na classificação. A gente jogou bem, venceu bem, e agora já começa a pensar no Japão", disse.
A ponteira Rosamaria e a central Carol foram as maiores pontuadoras do Brasil, ambas com 13 bolas certeiras, e não esconderam a satisfação com a apresentação da seleção, dominante desde o começo da partida.
"A gente sabia que o time tinha que entrar muito concentrado. A equipe do Quênia cresceu desde que a gente as enfrentou, com um poder de ataque forte, e fizeram um bom jogo na defesa também. O que nos levou à vitória foi nossa concentração", afirmou Rosamaria. "A gente precisava entrar do início ao fim com atitude, com nosso melhor jogo, e foi o que a gente conseguiu apresentar, apesar do nervosismo de uma estreia em Jogos Olímpicos", completou a ponteira.
"Estamos muito felizes com essa vitória. Sabíamos que o time do Quênia tinha melhorado da última vez que tínhamos enfrentado, mas estávamos preparadas para este jogo. A gente buscava essa vitória por 3 a 0 e dessa forma consistente", endossou Carol.
Capitã da seleção, a ponteira Gabi já pediu para as companheiras virarem a chave e focarem nas japonesas, rivais de quinta-feira no segundo duelo do Grupo B. As asiáticas perderam por 3 a 1 da Polônia e necessitarão de reabilitação, o que promete jogo duro às brasileiras.
"Estamos muito concentradas em viver esse momento, o dia a dia, esse processo. E agora é buscar essa próxima vitória contra o Japão", cobrou Gabi, já mirando a classificação antecipada. "É uma competição de tiro curtíssimo, são seis partidas em busca do nosso grande objetivo, pelo qual trabalhamos durante todo o ciclo. Esse time merece muito e tem um potencial muito grande", frisou.