A conquista da América parece ser fácil para quem já ganhou o mundo. Mas foram dois anos até o ginasta Arthur Zanetti, campeão mundial nas argolas em 2013, faturar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. O brasileiro agora festeja a vitória inédita, que estava engasgada desde a prata de Guadalajara (2011).
“Estou muito feliz. Era um resultado que eu queria ter, acabei não conseguindo em 2011 e agora veio”, afirma o vencedor, relembrando o segundo lugar do último Pan. “É um resultado que quando você quer, você se cobra um pouco mais. Eu estava me cobrando mais e acho que deu certo”, continua.
Depois de uma classificação tranquila, a final teve resultados bem mais apertados entre os concorrentes. Todos tiraram notas acima de 15,000 e isso foi uma surpresa para Zanetti, que somou 15,725. “Achei que o americano poderia ficar um pouquinho mais atrás, mas ele fez uma boa prova e acabou me surpreendendo bastante”, conta.
Mesmo com a medalha no peito, Arthur reconhece algumas falhas na execução da série, mas mostra alívio pelo resultado. “Não foi a melhor série, principalmente o último giro, acabei empurrando um braço mais que o outro e a argola acabou entortando, mas consegui consertar, fiz a saída e fiquei em pé. Estou com o ouro e isso é o que importa”
O técnico Marcos Goto tira um pouco do peso do favoritismo sobre os ombros do ginasta. “A gente não tem pressão, a gente não tem obrigação de vencer. Quando você treina muito, chega na competição com confiança. E ele treina muito.”
Para o treinador, a humildade está entre os segredo dos bons resultados do brasileiro. “Quando subir para a cabeça, começa a achar que é o dono do mundo, que não precisa treinar mais. No dia que acontecer isso, tem de parar de treinar e se aposentar. Ele é bem ciente disso.”