O advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma vaga no Supremo Tribunal Federal, disse que o petista o escolheu por causa de seu trabalho jurídico, e que será subordinado apenas à Constituição. Zanin foi advogado de Lula nos processo da Lava Jato e é um dos grandes responsáveis pelo hoje presidente ter deixado a prisão e recuperado os direitos políticos. Por isso, suas declarações estão sendo vistas como importantes, para uma vaga na suprema corte do País.
O advogado disse que "estabeleceu uma relação" com o presidente, que conheceu sua atuação profissional. Nessa convivência, disse que conseguiu compreender a visão de Lula sobre os papéis dos Poderes. Em sua análise, Zanin disse que o presidente espera que ele se guie pela Constituição e pelas leis.
O advogado indicou que, em sua avaliação, o presidente não espera ter influência sobre seus votos. "Acredito que fui indicado pelo presidente Lula ter conhecimento do meu trabalho jurídico", afirmou. Ele disse que a busca pela imparcialidade nos julgamentos é marca de sua carreira jurídica e elemento estruturante do Judiciário. Zanin também afirmou que, se nomeado, julgará de forma imparcial e observará os momentos que exijam impedimentos a seu julgamento.
<b>Imparcialidade de Moro</b>
A fala de Zanin sobre imparcialidade remonta a sua defesa de Lula porque, na Lava Jato, o hoje presidente afirmava que o então juiz responsável pela operação, Sergio Moro, estava predisposto a condenar o petista. Tempos depois, o Supremo Tribunal Federal declarou Moro um juiz parcial no caso.
