A cantora Zélia Duncan saiu com o maior número de troféus do Prêmio da Música Brasileira, realizado na noite dessa quarta-feira, 22, no Teatro Municipal do Rio. Foram três prêmios, de melhor CD de samba, Antes do mundo acabar, melhor canção (homônima do CD, composta com Zeca Baleiro) e cantora.
A premiação prestou tributo a Gonzaguinha, e músicas de crítica social, como Comportamento geral, cantada por Criolo, e É, por Seu Jorge, lhe conferiram tom político. A plateia, de artistas e convidados, chegou a gritar “Fora Temer”, referência ao presidente da República em exercício.
A noite foi também das cantoras Elba Ramalho e Fafá de Belém, que levaram dois prêmios cada, de disco e intérprete, a primeira na categoria regional e a segunda, canção popular. O violonista Yamandú Costa também ganhou dois troféus (instrumental), assim como Caetano Veloso (MPB).
O homenageado dessa 27ª edição do prêmio, o mais longevo e diverso do País (são 16 categorias, e as escolhas foram feitas por 21 jurados da área da música), foi lembrado em interpretações de nomes como Alcione (Com a perna no mundo), Elza Soares (O que é o que é?) E Ney Matogrosso (Explode coração). O ator Júlio Andrade, que viveu Gonzaguinha na cinebiografia Gonzaga – de pai para filho, emocionou a plateia com uma atuação realista como o compositor, que morreu em 1991.