O governador reeleito Romeu Zema (Novo) foi escalado para coordenar a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Minas Gerais no segundo turno. A decisão foi anunciada pelo candidato a vice-presidente General Braga Netto (PL) nas redes sociais após uma agenda no Estado ao lado de Zema e de deputados e prefeitos aliados.
"Presidente @jairbolsonaro define governador reeleito @RomeuZema como coordenador da campanha presidencial em Minas Gerais #Bolsonaro22", escreveu Braga Netto. O vice ficou responsável por mobilizar apoio à reeleição do presidente no Estado. No primeiro turno deste ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 48,29% dos votos em Minas e Bolsonaro, 43,60%.
A entrada de Zema na campanha presidencial de Bolsonaro representa um elemento novo no segundo turno. Até a primeira rodada, o governador, historicamente aliado ao presidente, se manteve neutro e evitou sinalizar apoio com receio de que a alta rejeição do chefe do Executivo contaminasse seu projeto de reeleição.
Dois dias após ser eleito, Zema não só anunciou apoio público a Bolsonaro, como embarcou na campanha e endossou as críticas ao PT. O governador tem feito reiterados ataques às gestões petistas em Minas, quando Fernando Pimentel esteve à frente do Executivo estadual. Ele também prometeu mobilizar prefeituras e usar a capilaridade da Associação Mineira de Municípios (AMM) em prol da reeleição do presidente.
Nesta sexta-feira (14), Bolsonaro e Zema irão se encontrar com prefeitos filiados à AMM, entidade que contempla 786 cidades do Estado. O presidente da associação, Marcos Vinícius Bizarro (PSDB), que também é prefeito do município Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, anunciou apoio público à reeleição do presidente. Em vídeo publicado no Twitter, ao lado de Zema e Bolsonaro, Bizarro disse que esse é "um encontro que a gente está pensando na gestão pública, e é isso que a gente quer."
A campanha de Bolsonaro aposta em uma virada de Bolsonaro em Minas com a mobilização de Zema e de uma rede de prefeitos. A avaliação de aliados do chefe do Executivo é que apoios regionais valem mais na eleição do que o endosso de partidos ou de ex-candidatos à Presidência como Simone Tebet (MDB), que decidiu fazer campanha para Lula.
Na semana passada, Zema subiu no palanque com o presidente em ato político na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O chefe do Executivo também conta com a mobilização do senador eleito Cleitinho (PSC) e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), que foi o mais votado do País nestas eleições, com 1,492 milhões de votos.