A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da zona do euro atingiu a máxima histórica de 10% em setembro, ultrapassando o recorde anterior de 9,1% verificado em agosto, ainda pressionada pela disparada dos preços de energia em meio à guerra da Rússia na Ucrânia, segundo dados preliminares divulgados nesta sexta-feira, 30, pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.
O resultado de setembro superou a expectativa de analistas consultados pelo <i>The Wall Street Journal</i>, que previam avanço da taxa a 9,7%. Apenas os custos de energia deram um salto anual de 40,8% neste mês, após subirem 38,6% em agosto.
O CPI recorde intensifica pressões para que o Banco Central Europeu (BCE) siga elevando juros de forma agressiva. O BCE, que busca inflação constante de 2%, já aumentou seus juros básicos em 125 pontos-base desde julho.
O núcleo do CPI, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, teve acréscimo anual de 4,8% em setembro. Neste caso, a projeção do mercado era de alta de 4,7%.