Nem mesmo os uniformes escolares que são distribuídos todos os anos aos alunos da rede municipal, por força de lei, foram entregues. Diferentemente disso, o próprio prefeito, numa prática comum de atribuir a responsabilidade para a gestão anterior, afirmou que este ano as crianças ficarão sem uniformes. É a primeira vez que isso ocorre na cidade desde a primeira gestão de Elói Pietá. Ou seja, em mais de 20 anos, os alunos não terão os uniformes entregues.
Obras iniciadas e realizadas pela gestão anterior, algumas praticamente concluídas, estão paradas ou não foram entregues ainda, numa demonstração de paralisia da máquina administrativa. A única inauguração realizada por Sanches de equipamento municipal foi um campo de grama sintética no Parque Jurema, região dos Pimentas, que se encontrava concluído no final do ano passado, faltando apenas detalhes de acabamento. Mesmo assim, ele demorou mais de dois meses para entregar à população, como se fosse uma obra sua, sem mencionar que encontrou o gramado concluído.

Outro campo de grama sintética concluído na gestão anterior fica no Parque Cecap. Guti só não entregou porque faltavam as traves e a conclusão de alguns gradis do entorno. Passados mais de três meses, o campo segue distante da população. Na semana passada apenas, uma equipe do governo foi ao local para dizer que irá entregar a obra nos próximos dias.
Na área de esportes, o ginásio Paschoal Thomeo foi reformado no segundo semestre de 2024 pelo governo Guti. Mais uma vez, por causa de detalhes de finalização, ele não foi inaugurado. Porém, está pronto para ser devolvido à população. No entanto, nenhum movimento neste sentido. No Fioravente Iervolino, um novo complexo com pistas de skate começou a ser construído. Hoje, apenas terra remexida.
Na praça IV Centenário, no Centro de Guarulhos, a gestão passada deu início à construção de uma nova base para a GCM, bem na entrada da cidade em um local em que se concentra um grande número de moradores de rua. Apesar de cercada por tapumes, a obra segue paralisada sem qualquer movimento ou indicação que irá adiante. Os recursos foram obtidos pela administração anterior junto ao BNDES.
Uma via interligando a avenida Monteiro Lobato e a Tancredo Neves, entre a avenida Otávio Braga de Mesquita e a empresa Phibro, importante alternativa para o escoamento do tráfego local, foi construída pela gestão passada, faltando apenas a pavimentação. No entanto, 100 dias depois de ter assumido o governo, Lucas não deu andamento à obra, que encontra-se abandonada.
A maior obra de macrodrenagem da história de Guarulhos, que seguia em um bom ritmo de construção até o final do ano passado, também parou no governo Lucas, aparentemente sem qualquer explicação. Financiado pela CAF (Corporação Andina de Financiamento), o projeto Viva Baquirivu, que tem custo estimado em torno de R$ 500 milhões e prevê o fim das enchentes em todos os bairros próximos, não tem mais data de conclusão. Nem mesmo previsão para a continuidade das obras foi dada pelo novo prefeito.
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