A diretora geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira, 20, que o fraco resultado da 13ª Rodada de concessões de áreas exploratórias, realizada dia 7 de outubro, foi afetado pela instabilidade política do País. Segundo a diretora, o cenário adverso se assemelha à 5ª Rodada, em 2003, após a primeira eleição do ex-presidente Lula (PT).
“São dois momentos parecidos. Temos uma dificuldade política e o dólar negociado a quase R$ 4. A diferença é que, no segundo, a Petrobras não participou. No entanto, esses 15 anos foram suficientes para fomentar a indústria, para que tivéssemos empresas brasileiras adquirindo blocos exploratórios no País”, avaliou a diretora.
Segundo Magda Chambriard, ainda que o resultado tenha ficado aquém do esperado, a avaliação é de que a política “não está de todo errada”. “A política que desenhamos está dando os frutos desejados, uma hora mais rapidamente, outra hora mais lentamente”, afirmou.
“Podemos não ter vendido tantos blocos como pretendíamos, não ter tido tanto bônus ou programa exploratório mínimo, mas o direcionamento da política funcionou e resultou na aparição de uma grande empresa petrolífera em águas profundas de capital brasileiro. Olhando por esse ponto de vista, eu digo que valeu a pena ter feito a 13ª Rodada, apesar do resultado”, completou.