Na Câmara de São Paulo, 50 dos 55 vereadores com mandato atualmente (90%) tentam continuar com seus cargos nestas eleições, participando da disputa contra outras 9.611 pessoas que se candidataram a vereador em 2020. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, os candidatos arrecadaram ao todo R$ 65 milhões para a disputa, dos quais R$ 40 milhões vieram do Fundo Eleitoral dos partidos.
Um dos cinco vereadores que não tenta a reeleição é Ricardo Nunes, vereador do MDB que está disputando a eleição de vice na chapa de Bruno Covas (PSDB). Os vereadores Gilberto Natalini (PV), Celso Jatene (PL) e Claudinho de Souza (PSDB) decidiram não tentar um novo mandato. Patrícia Bezerra (PSDB) deixou a Câmara para apoiar a candidatura do marido, o ex-deputado e ex-vereador Carlos Bezerra Júnior.
As eleições passadas haviam terminado com três "novidades", vindas então dos movimentos de rua e das redes sociais: Janaína Lima (Novo) e Fernando Holiday (Patriota), do Movimento Brasil Livre (MBL) e eleito pelo DEM. Outra novidade era Sâmia Bomfim (PSOL), que deixou a Câmara e hoje é deputada federal.
Ao longo do mandato, o DEM, que havia obtido cinco cadeiras, perdeu Holiday, que foi expulso do partido após atritos com o cacique Milton Leite, mas ganhou mais dois vereadores: Caio Miranda, que havia sido eleito pelo PSB, e Ricardo Teixeira, do PV.
A legislatura atual apoiou a gestão Bruno Covas (PSDB), após um Legislativo reticente a aprovar projetos de lei polêmicos da gestão de João Doria (PSDB), em especial a votação que reformou a previdência municipal. O prefeito indicou um vereador, Eduardo Tuma (PSDB), para o cargo de secretário da Casa Civil, encarregado de negociar as votações e aprovações de emendas com os parlamentares, e o governo passou a contar com pelo menos 37 voto no plenário.
Tuma ficou na Prefeitura ao longo de 2018, mas no fim daquele ano voltou ao Legislativo e foi eleito presidente da Casa.
Nos bastidores, vereadores mais antigos se questionam como será a composição da oposição na próxima legislatura. O PT tem atualmente nove assentos, sendo a segunda maior bancada (perde para o PSDB, com 12) e o PSOL tem duas vagas. Mas as pesquisas sobre a candidaturas majoritárias das duas legendas, que também são usadas por vereadores para pedidos de votos, mostram Guilherme Boulos (PSOL) à frente de Jilmar Tatto (PT), o que poderia ser visto, de acordo com esses vereadores, como sinal de que um partido pode crescer e o outro, encolher após a apuração dos resultados de amanhã.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>