Opinião

Antes de gastar o 13º salário , defina suas prioridades

Até dia  20, a segunda parcela do 13º salário deve cair na conta do brasileiro. Trata-se de um reforço considerável no orçamento doméstico do brasileiro, ainda mais em um período em que a economia cresce fortemente. O apelo para consumir neste fim de ano pode até ser maior, como mostram as pesquisas, mas o foco – segundo economistas de plantão – deve ser mesmo no pagamento das dívidas, para não começar 2011 com o bolso apertado.


 


Quem preferir ir às compras, que – pelo menos – dê preferência para o comércio de Guarulhos, como uma forma de manter os recursos na própria cidade, garantindo o fortalecimento do comércio local. Vale frisar que, de alguns anos para cá, o setor não deixa nem um pouco a desejar, com grande variedade de opções, preços e formas de pagamento.


 


E sempre é bom lembrar que ir às compras em São Paulo, prática comum para muitos guarulhenses, além de exportar recursos, acaba podendo significar uma dor de cabeça a mais, devido ao trânsito congestionado das principais vias da capital a qualquer hora do dia. Neste caso, cabe dar uma volta nas ruas comerciais e shoppings centers da cidade e buscar os objetos de seus desejos.


 


Já quem preferir usar o décimo terceiro para colocar as contas em dias, os economistas sugerem – antes de mais nada – fazer um levantamento do que se pretende pagar. O ideal é renegociar com as empresas, quitar dívidas antigas para liberar parte do orçamento e passar 2011 um pouco mais tranquilo. É preciso priorizar o que é mais urgente.


 


Se o lado consumidor falar mais alto, cuidado para não se endividar mais do que a capacidade de seu bolso. A dica é não comprometer acima de 30% do rendimento com as prestações, porque poderá ter dificuldade para honrar as outras despesas já previstas.


 


Vale lembrar que cautela no endividamento nunca é demais. Existe uma expectativa muito grande de que a economia não manterá o mesmo ritmo de crescimento em 2011. Este ano, o PIB deve fechar com o melhor número desde a redemocratização, mas o país colocará o pé no freio a partir de janeiro. Isso já pode ser sentido com as medidas de restrição ao crédito anunciadas na semana passada e que já começam a entrar em vigor.


 


Apesar de não existir qualeur perspectiva de uma crise em vista, é necessário trabalhar com um otimismo modesto, já que a economia vai desacelerar. Por conta do aperto no crédito feito pelo Banco Central os bancos pedirão exigências maiores aos consumidores e os empréstimos de longo prazo ficarão mais caros.


 


Outra característica dos consumidores é fazer uma breve avaliação se a parcela cabe dentro do salário, sem verificar se preço à vista não compensa mais. Nem mesmo se preocupa com a taxa de juros que estará pagando. Também é preciso reservar parte desse dinheiro extra para as contas mais que vêm junto com o Ano Novo. Janeiro é tempo de pagar IPTU, IPVA, material escolar dos filhos e renovação de matrícula. Ou seja, antes de gastar, pense.

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