Dólar se fortalece com juro de Treasuries, após cair com dados da China e leilão

O dólar iniciou a sessão desta segunda-feira em queda, mas rondava a estabilidade no mercado à vista pouco antes das 9h30 e mostrava leve alta no contrato de abril. Os ajustes no câmbio são limitados. O fortalecimento dos juros dos Treasuries na última hora apagou parte do efeito positivo sobre divisas emergentes ante o dólar, incluindo o real, trazido pelos dados de produção industrial e de vendas no varejo da China acima das expectativas no primeiro bimestre.

Mais um leilão extra de até US$ 500 milhões em swap cambial contribui para o leve recuo nos primeiros negócios. Ruídos políticos com pressão para saída do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, estão no radar.

O mercado olha ainda IBC-Br de janeiro, que veio melhor que o esperado, mas é visto como dado retrovisor especialmente diante da piora das perspectivas com a pandemia desde fevereiro. Não muda também a perspectiva de alta da Selic na reunião do Copom, amanhã e quarta-feira, em meio aos sinais de inflação maior.

Os economistas do mercado financeiro elevarem pela décima semana consecutiva a previsão para o IPCA em 2021 no Relatório de Mercado Focus. A mediana para o IPCA este ano foi de alta de 3,98% para 4,60%. Há um mês, estava em 3,62%. A projeção para o índice em 2022 permaneceu em 3,50%. A projeção dos economistas para a inflação já está acima do centro da meta de 2021, de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Economistas também elevaram suas projeções para a Selic no fim de 2021 de 4,00% para 4,50% ao ano. Há um mês, estava em 3,75%. A estimativa para o PIB de 2021 passou de +3,26% para +3,23%. E a projeção para câmbio no fim de 2021 avançou de R$ 5,15 para R$ 5,30.

Às 9h27 desta segunda-feira, o dólar à vista rondava a estabilidade, a R$ 5,5593 (-0,01%). O dólar futuro de abril subia 0,10%, a R$ 5,5615.

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