Carlos Alberto Santana Barragán parecia estar possuído quando se apresentou no Festival de Woodstock, em 1969. Anos mais tarde, ele explicou que seu desempenho visceral em músicas como Soul Sacrifice talvez pudesse ser atribuído ao LSD. Chegou a dizer que, na maior parte do tempo, estava tendo alucinações que sua guitarra era uma cobra.
Após Woodstock, a vida desse multi-instrumentista e compositor mexicano mudou para sempre. O guitarrista, que estava no começo da carreira e só tinha um disco lançado com sua banda Santana, foi uma das grandes revelações do evento, que lhe deu projeção mundial.
Muitos prêmios Grammy depois, Carlos Santana faz 68 anos nesta segunda, 20, e continua genial.
Somente com o disco Supernatural (1999), incluído na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame, Santana levou nove Grammys, incluindo o de melhor do ano, e ganhou 15 discos de platina nos EUA, vendendo 25 milhões de cópias em todo o mundo, igualando o recorde histórico que somente Michael Jackson tinha.
Filho de um violinista de mariachi, Santana consagrou a fusão de rock, jazz, blues, pop rock e até samba. No Brasil, o músico já esteve seis vezes e a influência do País pode ser identificada, por exemplo, no disco Borboletta, de 1974, que traz música de Dorival Caymmi e também de Airto Moreira e Flora Purim.
Entre os hits do aniversariante estão Jingo, Evil Ways, Oye Como Va, Maria, Maria, Guajira, Samba pa ti, Smooth.