Desde 2003, o Brasil dedica o dia 20 de novembro para relembrar a resistência do negro contra a escravidão, em memória à data da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.
Entre as entidades presentes nesse panteão, o líder Chico Rei ganha espetáculo musical homônimo em cartaz até domingo, 22, na Caixa Cultural.
Com texto e músicas de Paulo César Pinheiro e direção de João das Neves, Galanga Chico Rei integra instrumentos da cultura africana e relembra, por meio da tradição oral, a trajetória do rei de uma tribo no Congo que é trazido como escravo para o Brasil, e se torna um herói do povo.
O espetáculo usa a congada – bailado tradicional de Estados como Minas Gerais e Goiás – para representar com danças, cortejos e cavalgadas a coroação do rei do Congo. Em convivência pacífica com o culto católico, a tradição africana exalta os santos negros como Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia.
Na programação infantil, a Companhia Os Crespos discute o racismo com as crianças na montagem Os Coloridos, em cartaz desta sexta, 20, até domingo, 22, no Sesc Campo Limpo.
O espetáculo, dirigido por Lucélia Sergio, traz a história de duas araras, uma vermelha e uma amarela, que disputam entre si a superioridade baseada nas suas cores. Um dia, elas são surpreendidas com o aparecimento de uma arara de muitas cores.
No mesmo palco do Sesc Campo Limpo, o grupo Capulanas Cia de Arte Negra apresenta o teatro adulto Sangoma entre os dias 27 e 29.
A montagem dirigida por Kleber Lourenço traz a música de Naruna Costa e quatro atrizes que vivem mulheres escolhidas espiritualmente por seus ancestrais com a missão de darem continuidade aos trabalhos de cura dentro da comunidade.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.