O jornal <i>Global Times</i>, ligado ao Partido Comunista da China, afirma em editorial que o país "não assistirá passivamente" ao veto do Reino Unido a negócios com a Huawei em equipamentos da tecnologia de 5G. Segundo o diário, a decisão é "certamente um revés" para a companhia chinesa e a rejeição britânica deve aumentar a hesitação de outros países.
O <i>Global Times</i> lembra que o governo do premiê Boris Johnson havia aprovado no início de ano envolvimento limitado da Huawei na construção da rede de 5G do país, mas agora reviu a questão.
O Reino Unido deu um período de adaptação, permitindo que as fornecedoras de tecnologia para telecomunicações móveis parem de comprar equipamento da companhia até o fim deste ano e removam todos esses equipamentos até 2017.
Para o jornal chinês, isso é uma indicação de que "banir a Huawei é uma ação difícil para ele", lembrando que as companhias britânicas se opuseram ao veto, enquanto funcionários do governo em Londres admitiram que isso atrasaria o lançamento das redes de 5G em dois a três anos, ao custo de mais 2 bilhões de libras.
O <i>Global Times</i> diz ainda que a decisão britânica é "obviamente o resultado de intensa pressão" dos Estados Unidos. Para o jornal, se a Huawei sobreviver ao assédio americano e "manter sua liderança tecnológica", ela ainda poderá voltar ao mercado britânico.
O diário sustenta que "é necessário que a China retalie contra o Reino Unido", mas evitando um confronto bilateral, comentando que "no longo prazo, o Reino Unido não tem razão para se voltar contra a China, conforme a questão de Hong Kong perca força".