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Avanços da mulher farão um mundo melhor

Na semana passada, por ocasião do Dia das Mães, o Sindicato realizou dois atos em homenagem às trabalhadoras. O primeiro aconteceu na subsede, em Mairiporã; o segundo, em Guarulhos, na nossa antiga sede.


Mais que homenagens, esses atos têm a finalidade de reafirmar nosso compromisso, permanente, com a valorização da mulher.


A emancipação feminina, com a conquista crescente de direitos e garantias para a mulher, é sem dúvida uma das marcas da evolução do nosso tempo.


A época em que a mulher dependia do homem, ou era mera serviçal doméstica, vai ficando para trás. Os próprios partidos políticos perceberam essa mudança e já abrem em suas direções espaço para a mulher, bem como asseguram cotas nas candidaturas. A própria eleição de Dilma à Presidência mostra esse avanço.


No movimento sindical, a mulher também amplia espaços. Não há ainda nas direções quantidade de trabalhadoras proporcional à sua presença na base. Mas a atuação feminina cresce no sindicalismo.


Porém, esses avanços ainda estão longe de se constituir em força efetiva. Por isso, pelo fato de a mulher ainda não estar suficientemente organizada, acontecem problemas de assédio e discriminação em muitos locais de trabalho.


Penso que uma das piores formas de discriminação é a salarial. O próprio Dieese tem mostrado que a mulher, na mesma função que o homem e com escolaridade maior, ainda assim recebe salário menor.


Quando olhamos para dentro das empresas, poucas vezes vemos mulheres em cargos de direção e chefia. O alto comando do capital ainda é esmagadoramente masculino.


Licença – Nosso Sindicato busca avanços. No ano passado, nas negociações coletivas, conseguimos estender a licença-maternidade de 120 para 180 dias em dois grupos empresariais, beneficiando grande número de metalúrgicas. Outra bandeira, que, se atendida, contemplará principalmente a mulher, é a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, sem redução salarial. A mulher, que quase sempre tem dupla jornada, será a maior beneficiada com a redução.


O mundo não pode ser dividido de um lado o homem, de outro a mulher. Mas, sem dúvida, será melhor se a mulher puder estudar, trabalhar e evoluir em paz, somando forças na construção de um mundo mais justo e fraterno. Aí nós, homens e mulheres, seremos mais felizes.


 


José Pereira dos Santos


Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região [email protected]

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