Graças à falta de empenho das administrações do PT, de Elói Pietá e de Sebastião Almeida, o carnaval quase desapareceu
Mas, a partir de 2002, quando o ex-prefeito menosprezou a cultura popular, o carnaval caiu em desgraça
Hoje, o apoio público é canalizado para os amigos da companheirada e de vereadores da base. Quem faz parte do grupo, mundos e fundos, até por empresas que bancam o carnaval em troca de benefícios na administração. Quem está fora, vire-se. Mas não é assim que se lida com a cultura popular.
Ao perceber o erro cometido por seu padrinho, Almeida tenta – de forma atabalhoada – posar como o rei da folia. Os desfiles foram para os bairros. Até aí nada de mal. Mas levar as escolas e blocos, além das torcidas, para a beira de um córrego poluído, cheio de lixo e com um cheiro insuportável, é menosprezar a população. Pura demonstração de falta de respeito.
Para realizar um carnaval é necessário, primeiro de tudo, o envolvimento da sociedade. E isso não ocorre apenas em quatro dias de folia. Não é contratando – a peso de ouro – musas do carnaval paulistano e carioca. É necessário investir nas escolas e blocos o ano todo, com trabalhos de formação cultural. Não basta dar dinheiro. Precisa muito mais, como respeito e atenção às atividades realizadas nas comunidades.
Apesar de toda essa falta de sensibilidade da administração petista, as escolas e blocos buscam fazer sua parte. Destaque-se a superação desses grupos, que tentam manter o carnaval vivo
Para Guarulhos retomar sua mais importante festa popular, é necessário tratar o carnaval como tal. Como sempre frisamos, com o que a Prefeitura gasta, seria possível fazer muito mais, melhor e mais barato.
Carlos Roberto de Campos
Empresário, suplente de deputado federal e presidente do Diretório Municipal do PSDB, escreve às sextas-feiras.