Pesquisa com empresários e profissionais de 100 empresas nacionais e multinacionais, realizada pela Data Popular, aponta que ainda há despreparo para lidar com as classes emergentes
Mesmo representando uma massa de consumo de R$ 1,3 trilhão, as classes C, D e E ainda não são vistas com prioridade pelas empresas, onde 71% dos executivos admitem resistência para lidar com este público e 70% concordam que existe preconceito no relacionamento com este consumidor.
Segundo o sócio diretor do Data Popular, Renato Meirelles, saber lidar com a nova classe média e a base da pirâmide é essencial para quem deseja ser líder de mercado. "Existe um grande abismo cognitivo entre as empresas e a nova classe média. Entender as tendências, motivações e referências deste brasileiro requer humildade e conhecimento especializado. É relativamente fácil traçar estratégias de comunicação para o público de alta renda: eles são, em geral, da mesma classe social que os estrategistas. Têm as mesmas motivações e compartilham a mesma cultura, mas o ‘Brasil de Verdade fala outra língua".
Meirelles explica que o emergente é criterioso e mais fiel com as marcas, não pelo status, mas pelo aval de qualidade que ela empresta ao produto. "É preciso se reinventar para atingir as classe C ,D e E ". Entre as dificuldades encontradas pelos executivos para atingir o mercado popular, estão a falta de conhecimento, comunicação e estrutura.