Economia

Redução no IPI da linha branca será prorrogada até junho

Consumidores da cidade comemoram chance de obter produtos por valores muito baixos

A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para produtos da linha branca – geladeiras, fogões, máquinas de lavar roupas e semiautomáticas (tanquinhos) – anunciada em dezembro do ano passado, e que terminaria no próximo dia 31, será prorrogada por mais três meses. O objetivo é estimular o consumo e a indústria.

A medida tem agradado os consumidores. "Eu estava precisando de um fogão novo e com a redução no preço foi a minha hora de comprar", afirmou a dona de casa Fátima de Oliveira.

Segundo o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), com a redução do imposto, as vendas desses produtos tiveram um aumento de 22,63%, na média, entre dezembro e fevereiro, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

"Seria importantíssimo que essa medida pudesse ser estendida para outros setores de bens duráveis, que são fortes alavancadores de vendas e de atividade econômica em geral, tais como móveis, materiais de construção e artigos eletrônicos", explica o presidente do instituto, Fernando de Castro.

De acordo com o IDV, o crescimento em unidades vendidas da linha branca foi ainda maior e continua aumentando gradativamente. Em dezembro de 2011 o aumento foi de 26,11%, passando a 27,30% em janeiro e 31,84% em fevereiro, ou seja, uma média de 28,42%. Além disso, de acordo com o Índice Antecedente de Vendas (IAV-IDV), a expectativa é que as vendas de março cresçam 6,5%, impulsionadas, principalmente, pela desoneração do IPI.

Os resultados da economia brasileira em 2011 demonstraram que o varejo faturou R$ 776 bilhões, excluindo veículos e peças automotivas, e que em 2012 trabalhará para ultrapassar os R$ 800 bilhões.

Um dos setores mais otimistas é o de bens duráveis, em específico o de equipamentos de informática, com projeção de crescimento de 9,5% em março, em relação ao mesmo período do ano passado.

"Este segmento foi o destaque em 2011 e deve continuar em alta, impulsionado pelo bom momento do mercado de trabalho, baixo nível de desemprego, o menor desde 2002, crescimento da massa salarial, forte expansão do crédito e pela alta confiança do consumidor", analisa o economista do IDV.

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