A Bovespa ignorou a fraqueza das bolsas norte-americanas e subiu mais de 2% nesta sexta-feira, 15, sustentada, sobretudo, pela disparada de quase 8% das ações da Petrobras. Além do exercício de opções sobre ações, na próxima segunda-feira, 18, as especulações em torno do quadro eleitoral, após a morte de Eduardo Campos (PSB), fizeram os investidores irem às compras. O mercado trabalha com a possibilidade de que Marina Silva assuma a vaga, o que ajudaria a garantir a realização de um segundo turno. Além disso, surgiram vários rumores a respeito de quem seria escolhido para ser vice em uma chapa liderada pela ex-senadora.
O Ibovespa terminou a sessão em alta de 2,12%, aos 56.963,65 pontos – maior nível desde 29 de julho. Na mínima, registrou 55.817 pontos (estável) e, na máxima, 56.965 pontos (+2,12%). Na semana, registrou elevação de 2,50%. No mês, acumula ganho de 2,03% e, no ano, de 10,59%. O giro financeiro totalizou R$ 6,930 bilhões.
Ao longo do dia, foram ventilados três nomes como possíveis vices de Marina: a viúva de Campos, Renata Campos; o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, mas a escolha é improvável, uma vez que ele já perdeu os prazos eleitorais previstos pelo TSE; e a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina.
A pesquisa Sensus coletada antes do falecimento de Campos também trouxe uma informação que estimula a compra de ações pelos investidores: a avaliação positiva de Dilma caiu de 32,4% para 28,5%, em agosto, enquanto a avaliação negativa cresceu de 28,5% para 34,6%.
Nesse ambiente, Petrobras ON avançou 7,78% e Petrobras PN, 7,85%, as maiores altas do Ibovespa. O exercício de opções sobre ações deu contribuição para o movimento positivo desses papéis e de Vale, que terminou em alta de 1,34% na ON e de 1,06% na PNA.
MRV ON subiu 7,12% e foi a terceira maior alta do Ibovespa, favorecida pelo balanço do segundo trimestre.
No exterior, as bolsas americanas operaram a maior parte do dia no vermelho, mas as perdas foram sendo amenizadas no final. O índice Dow Jones recuou 0,30%, aos 16.662,91 pontos, o S&P 500 cedeu 0,01%, aos 1.955,06 pontos, e o Nasdaq avançou 0,27%, aos 4.464,93 pontos. Por lá, pesaram notícias de que a artilharia do Exército da Ucrânia teria bombardeado um comboio russo em território ucraniano. Depois, no entanto, não houve confirmação independente das informações sobre o confronto, que partiram do governo ucraniano. Ainda assim, os ativos seguiram repercutindo as tensões geopolíticas.