Economia

Bolsas de NY caem com geopolítica e temores econômicos

As bolsas dos EUA fecharam em queda forte nesta quinta-feira, 25, com os índices Dow Jones, Nasdaq e S&P-500 registrando suas maiores baixas desde 31 de julho. O Dow e o S&P-500 fecharam nas mínimas do dia e o Nasdaq, apenas uma fração acima disso.

Não houve um único motivo para a queda; traders falaram em preocupações quanto ao crescimento global, que se intensificaram esta semana depois de a China dizer que não vai adotar novas medidas de estímulo; a nova guerra no Oriente Médio, com os EUA e seus aliados europeus e árabes lançando ataques aéreos no Iraque e na Síria; a intensificação das tensões entre o Ocidente e a Rússia por causa da crise na Ucrânia, com informes de que teria sido apresentado um projeto de lei ao Parlamento russo permitindo o confisco de ativos estrangeiros, como retaliação às sanções econômicas impostas pelos EUA e pela União Europeia; indicadores fracos divulgados ao longo da semana na Europa; e a queda forte das ações da Apple, em reação ao noticiário sobre problemas com o iPhone 6 e com o novo sistema operacional.

“Há uma convergência de muitos fatores negativos de uma vez, e num dia em que o volume foi reduzido; isso tende a exagerar os movimentos”, disse Tom Carter, da corretora JonesTrading. Ele lembrou que muitos traders estiveram ausentes por causa do feriado judaico de Rosh Hashaná.

“A maioria das pessoas com quem eu conversei acredita que isso é momentâneo. É um deslocamento técnico e de curto prazo, e não uma mudança nos fundamentos”, disse Joe Spinelli, do Deutsche Bank. Reggie Browne, da Cantor Fitzgerald, observou que traders de curto prazo venderam fundos (ETFs) que investem em países emergentes, em reação ao informe sobre o projeto que teria sido apresentado ao Parlamento russo e como reflexo da preocupação sobre a economia chinesa.

Nos EUA, o Departamento do Comércio informou que as encomendas de bens duráveis caíram 18,2% em agosto; o número de pedidos de auxílio-desemprego teve um crescimento de 12 mil na semana passada.

Entre os destaques da sessão estavam as ações da Apple, que caíram 3,81% depois de a empresa anunciar a retirada da primeira atualização de seu sistema operacional para aparelhos móveis iOS 8.0.1, lançada na semana passada – por causa de “um problema”, disse a empresa – e em meio a críticas aos novos iPhone 6, que se dobram com facilidade. Todas as 30 componentes do Dow fecharam em queda; entre os destaques negativos da sessão estavam JPMorgan (-2,40%), UnitedHealth (-2,30%), Microsoft (-2,21%), American Express (-1,99%) e Goldman Sachs (-1,98%).

O índice Dow Jones fechou em queda de 264,26 pontos (1,54%), em 16.945,80 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 88,47 pontos (1,94%), em 4.466,75 pontos. O S&P-500 fechou em queda de 32,31 pontos (1,62%), em 1.965,99 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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