Os índices acionários europeus fecharam em alta nesta sexta-feira, 3, recuperando parte das perdas acentuadas registradas na sessão anterior. A melhora foi impulsionada por dados positivos de criação de empregos nos EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou o dia em alta de 1%, a 332,05 pontos, após queda de 2,4% no encerramento de ontem. O bom desempenho, porém, não foi suficiente para impedir que o índice encerrasse a semana em queda de 2,08%.
Todos os principais índices europeus se valorizaram nesta sexta-feira. A maior elevação foi verificada na bolsa de Milão, com o índice FTSE-MIB fechando com ganhos de 1,54%, a 20.200,62 pontos. Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 avançou 1,26%, para 6.527,91 pontos. O Ibex-35, da bolsa de Madri, teve alta de 1,44%, a 10.567 pontos. Na bolsa de Lisboa, o PSI-20 registrou ganhos de 1,02%, a 5.551,68 pontos, e, em Paris, o CAC-40 subiu 0,92%, para 4.281,74 pontos.
O Departamento de Trabalho dos EUA informou que o país criou 248 mil postos de trabalho, o melhor resultado desde junho. O número de empregos gerados veio bem acima da expectativa de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que previam a abertura de 215 mil vagas. Além disso, a taxa de desemprego nos EUA caiu para 5,9%, de 6,1% em agosto, um novo indício de recuperação da economia, o que animou o mercado.
Outra boa notícia da manhã foram as vendas no varejo na zona do euro. O movimento no comércio europeu subiu 1,2% em agosto ante julho, de acordo com dados do Escritório de Estatísticas da União Europeia. O resultado também superou com folga as previsões dos analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que apostavam em alta de 0,1%, e mostra o melhor ritmo do setor varejista desde dezembro de 2009.
Ainda assim, a queda de quinta-feira continua sendo um grande revés para o mercado europeu de ações. As bolsas do continente seguem na expectativa de mais detalhes sobre o programa do Banco Central Europeu (BCE) de compra de títulos lastreados em ativos (ABS) e bônus cobertos. Em discurso realizado ontem, o presidente do BCE, Mario Draghi, frustrou os investidores ao não se aprofundar no seu plano de injetar recursos na economia.
Na semana, a bolsa de Londres encerrou com perda de 1,83%, Paris cedeu 2,57%, Frankfurt caiu 3,11%. O mercado de ações de Madri recuou 2,62%, Milão teve baixa de 2,86% e Lisboa perdeu 2,90%.