O Tribunal de Contas da União (TCU) pode suspender os pagamentos de contratos de R$ 3,8 bilhões relativos às obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O tribunal deu início na tarde desta quarta-feira, 15, à leitura do voto do ministro José Jorge, que trata da gestão das obras do Comperj. O relatório não chegou a ser julgado em função de um pedido de vistas do ministro Bruno Dantas.
No entanto, os demais ministros sugeriram ao relator adotar uma medida cautelar para impedir que novos gastos sejam feitos. O ministro informou que vai estudar essa possibilidade, mas quer primeiro ver a real necessidade disso para evitar mais atrasos em uma obra que já está fora do prazo.
José Jorge, no voto, disse que a auditoria identificou que foram tomadas decisões sem o devido suporte em análises estruturadas de risco. Chamou a atenção também do relator contratações de “grande vulto” que foram tomadas sem licitação para antecipar conclusão de obras. E, apesar de terem sido feitas contratações em regime de urgência, elas não foram entregues no prazo. “Contratações foram antieconômicas, efetivadas por valores superiores às estimativas de custos”, disse o ministro.