A seguradora SulAmérica decidiu vender sua carteira de seguros de grandes riscos a exemplo do que fez o Itaú Unibanco, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Com R$ 350 milhões em prêmios anuais, o ativo, além de pequeno comparado a outros segmentos, não está no foco de sua atuação, preferencialmente no mercado de saúde corporativa e, por isso, o interesse em se desfazer do negócio.
Para intermediar a venda da sua carteira de grandes riscos, conforme executivos do mercado, a SulAmérica contratou o Itaú BBA. As conversas com possíveis interessados, porém, ainda não começaram. Mas, seguradoras estrangeiras, que além de crescente interesse no País têm capital para investir, estão entre as companhias que devem avaliar o ativo. Na disputa pela carteira de grandes riscos do Itaú, players como a alemã HDI, a francesa Axa e a japonesa Tokio Marine ficaram bem perto de levar o ativo adquirido pela americana Ace. Além disso, em negócios como esse, alguns grupos são atraídos só pelo acesso ao banco de dados disponível.
No entanto, o fato de o segmento de grandes riscos exigir especialização e grande escala tem feito com que algumas companhias de seguros saiam ou minimizem atuação nesta área, deixando o caminho aberto para players mais focados. Isso porque embora os contratos sejam grandes e, em alguns casos, bilionários, os sinistros, quando ocorrem, são vultosos.
A SulAmérica, por exemplo, reduziu seu apetite em grandes riscos após duas apólices bilionárias, uma da hidrelétrica de Jirau e outra de um terminal portuário da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), terem resultado em brigas judiciais. No entanto, ainda não fez um comunicado oficial sobre sua decisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.