As especulações na reta final da corrida eleitoral impulsionaram, nesta quinta-feira, 23, o dólar para o maior patamar em quase seis anos. Agentes do mercado citaram, à tarde, rumores de que a presidente Dilma Rousseff (PT) apareceria na frente de Aécio Neves (PSDB), fora da margem de erro, nas pesquisas de intenção de voto que serão anunciadas na noite de hoje.
No fim da sessão, o dólar fechou em alta de 0,84%, a R$ 2,5090, a maior cotação desde 4 dezembro de 2008. No mercado futuro de câmbio, o dólar para novembro subia 0,90%, a R$ 2,5150.
O dólar abriu a sessão em alta, já testando o nível dos R$ 2,50, em meio à expectativa com as novas pesquisas eleitorais. O levantamento Ibope/Estadão/TV Globo sobre as intenções de voto para a Presidência da República, realizado com pouco mais de 3 mil eleitores, deve ser divulgado às 18 horas. Para o Datafolha, realizado apenas nesta quinta-feira, com consulta a quase 10 mil eleitores, não há horário definido.
Na terça-feira, uma sondagem do Datafolha mostrou Dilma em vantagem numérica em relação a Aécio. Dilma manteve 52% dos votos válidos e o tucano continuou com 48%. Quando se considera os votos totais, no entanto, a petista oscilou em alta, com 47%, enquanto Aécio seguiu com 43%.
Na primeira parte da sessão, o dólar renovou máximas no Brasil, acompanhando o fortalecimento registrado ante o iene e o euro no exterior devido aos dados de auxílio-desemprego e de atividade do Fed de Chicago. Embora o número de pedidos de auxílio-desemprego tenha subido para 283 mil, ante previsão de +282 mil, a média móvel de pedidos recuou 3 mil, para 281 mil, o menor nível desde maio de 2000. Além disso, o índice de atividade do Fed de Chicago subiu para +0,47 em setembro, de -0,25 no mês anterior.
Em relação a moedas relacionadas a commodities, o dólar operou com desempenho misto hoje, após dados da produção industrial da China. O índice de atividade industrial (gerente de compras) PMI, medido pelo HSBC, subiu para 50,4 na leitura preliminar de outubro, de 50,2 em setembro.