Membrosda Comissão da Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente visitaram nesta terça-feira (2) o Hospital Municipal da Criança e do Adolescente (HMCA). O objetivo era apurar denúncias de demora de atendimento e para conhecer o funcionamento e as necessidades do hospital. A gestora Maria Luiza da Cunha recebeu os vereadores e afirmou que está aberta uma sindicância para esclarecer o caso.
O presidenteda Comissão, vereador Elmer Japonês (PSC), e o secretário, vereador GilvanPassos (PSDB), solicitaram explicações sobre uma possível espera de mais de 20horas por atendimento no hospital em horário noturno. O próprio Gilvan Passosestava por acaso no local e foi procurado pela mãe de uma criança reclamando dademora. Era madrugada e Gilvan reparou que havia apenas um médico para prestaro primeiro atendimento no pronto socorro.
MariaLuiza negou que tenha havido tamanha demora no atendimento. "Quando chega umpaciente, há uma triagem que avalia o grau de urgência de atendimento, conformecritérios do Ministério da Saúde. Não tem como uma criança ter esperado tantotempo para ter o atendimento inicial. A demora pode ter sido na coleta doexame, que depende do organismo da criança", destacou.
Agestora do HMCA explicou que seis pediatras ficam de plantão no períodonoturno. "Às vezes tem apenas um pediatra na porta do Pronto Socorro, enquantoos demais estão em outras atividades no interior do hospital", afirmou MariaLuiza, acrescentando que abriu uma sindicância para apurar a denúncia.
Osvereadores da Comissão de Higiene e Saúde da Câmara também acompanham o caso. Opresidente Dr. Alexandre Dentista (PSC) e os membros Prof. Rômulo (PT) eToninho da Farmácia (PRP) solicitaram informações sobre a folha de ponto demédicos na data da denúncia, imagens das câmaras e registros da entrada e saídado paciente.
Colaboração
Durantea visita ao hospital, os vereadores da Comissão da Defesa dos Direitos daCriança e do Adolescente colocaram-se à disposição para colaborar no que for decompetência do Legislativo."Sabemos da dificuldade do hospital e nós estamos àdisposição para ajudar ao máximo", afirmou Gilvan Passos.
SegundoMaria Luiza, o espaço precisa ser ampliado. "Se tivéssemos um local paraespecífico de ambulatório, seria possível estender o atendimento de urgência",ressaltou. "O pronto socorro recebe mensalmente cerca de 12 mil crianças eadolescentes e o ambulatório, outras três mil", completou.
ÉlmerJaponês adiantou o próximo passo da Comissão: "Vamos verificar com a Prefeituraa possibilidade de usar o antigo prédio da Câmara, na praça Getúlio Vargas,para o funcionamento do ambulatório da criança".