Aparentemente um Projeto de Lei que poderia ser classificado como tranquilo e favorável foi tema de uma grande discussão acalorada que causou, inclusive, a quebra de Decoro Parlamentar entre os vereadores. Os discursos exacerbados ocorreram entre Geraldo Celestino (PSDB), Professor Jesus (DEM), presidente da Câmara Municipal, e posteriormente o vice-presidente Laércio Sandes (DEM).
A indisposição entre eles surgiu quando Celestino questionou a inclusão da proposta elaborada pelo vereador João Barbosa (PRB), que instituía no terceiro domingo do mês de agosto município o dia do Obreiro Universal. O tucano alegou que os parlamentares não haviam sido informados do devido acréscimo e contestou o ato da presidência de forma veemente, além de proferir palavras que aferiram a moral e idoneidade daquele parlamentar.
Inconformado com a atitude do peessedebista, o mandatário do Poder Legislativo subiu a Tribuna da Casa para se defender e contestar as denúncias realizadas por Geraldo, que afirmou ingressar com ação contra o arquivamento do processo de impeachment do prefeito Sebastião Almeida (PT), por Jesus. Após fazer sua defesa, o chefe do Poder Legislativo preferiu se retirar do plenário. Mesmo com a posse do vice Laércio Sandes, os discursos exaltados continuaram.
“Isso é uma questão de foro íntimo do parlamentar que se sentir prejudicado e prerrogativa do Jesus. Ele responde e deve responder de acordo com o cerne dele se ele deve fazer a representação contra o Geraldo Celestino. Da minha parte me entendo com ele aqui no plenário e pra mim está resolvido e solucionado esta questão e sempre que haver exagero da parte dele vou repreendê-lo”, explicou o vice-presidente da Casa de Leis, Laércio Sandes.
Já o vereador Geraldo Celestino declarou que prefere aguardar a confecção da ata da sessão plenária desta quinta-feira, 14, para avaliar quais são as medidas possíveis a serem adotadas por ele. O mesmo criticou e reprovou a gestão do vereador Professor Jesus na presidência da Câmara Municipal.
“Vou esperar primeiro a ata e se houver ofensa pessoal eu vou representar. O presidente é fraco! A grande polêmica foi a Ordem do Dia. Eu não tenho nada contra a Universal. Sou a favor do projeto. Só que quero atender a todos Obreiros da cidade e não somente a uma parcela. O Jesus não consulta ninguém. Ele passa por cima”, disse Geraldo Celestino.
O Art. 4º – inciso II – do Código de Ética e Decoro Parlamentar do Regimento Interno do Poder Legislativo municipal diz que praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Casa, bem como dirigir palavras injuriosas aos seus pares, aos membros da Mesa Diretora, do Plenário ou das Comissões, ou a qualquer cidadão ou grupos de cidadãos que assistam a sessões de trabalho da Câmara.
Procurado pela reportagem, por meio de mensagem em um dispositivo da rede social, Professor Jesus não quis comentar sobre o assunto. Fazem parte da Comissão Parlamentar de Ética e Decoro Parlamentar os vereadores Paulo Sérgio (DEM), Eduardo Barreto (PCdoB), Rômulo Ornelas (PT), Heleno Metalúrgico (PDT), Elmer Japonês (PR), Romildo Santos (DEM) e Geraldo Celestino (PSDB).
