Piada que circulou no meio político ontem. Está mais fácil para os oficiais de Justiça de Guarulhos encontrarem os Pokémons, usando o aplicativo febre do momento, do que alguns pré-candidatos a prefeito e seus familiares, para notifica-los sobre decisões que os desagradam. As alegações dos assessores são sempre as mesmas. “Foi para Brasília”. “Não veio aqui hoje”. Pior ainda quando as citações são contra quem diz que mora na cidade, mas não aparece no apartamento declarado como domicílio eleitoral há meses.
O não ao PR
Foram em vão as tratativas do PR do secretário Paulo Carvalho de embarcar na coligação que apoia a pré-candidatura de Jorge Wilson (PRB) à Prefeitura de Guarulhos. Ao perceber que partidos já aliados poderiam sair do grupo com a chegada do PR, o próprio Xerife falou mais alto e barrou qualquer negociação neste sentido. Pesou também o fato do vereador governista Elmer Japonês (PR) não gostar da ideia e deixar claro que seguiria apoiando o deputado federal Eli Corrêa Filho (DEM), independente da decisão do partido.
Longe da decisão
As pesquisas eleitorais devidamente registradas na Justiça Eleitoral e publicadas até agora estão longe de ser conclusivas. O número de eleitores que afirma não saber em quem votar chega a ultrapassar os 80% em alguns casos, numa demonstração de que o quadro segue aberto. Um nome que aparece com 10% neste momento em que a campanha nem começou representa que ele tem essa participação somente entre os 20% que declararam o possível voto. Fora que há situações em que essa intenção nem consolidada está. Ou seja, tudo se decidirá durante as campanhas, que começam em 16 de agosto. Quem tiver mais estrutura, história real de vida para contar e envolvimento com o eleitor de Guarulhos terá mais chances.
Para a torcida
Políticos mais experientes, que trabalham com pesquisas qualitativas, não se baseiam apenas nos números fechados de intenção de votos. Mas, principalmente, nos indicativos que os eleitores passam, como tendências em relação a determinados temas, aos nomes apresentados, os níveis de rejeição, a influência do partido em relação ao candidato, entre outros quesitos que – muitas vezes – passam despercebidos numa leitura superficial. Por esse raciocínio, as divulgações numéricas feitas com antecedência só servem para jogar para a torcida.
Lamentável
Ontem, mais uma sessão ordinária da Câmara Municipal foi aberta e fechada por falta de quórum. Com isso, fica difícil para os atuais 34 vereadores argumentarem para suas bases eleitorais que estão trabalhando. Depois de passarem julho em recesso, os parlamentares não apareceram para trabalhar, em um momento de grave crise administrativa, com professores parados há mais de 10 dias, entre outros tantos problemas. Há exceções? Sim. Mas infelizmente as suspensões de trabalhos viraram regra na atual legislatura.
Renovação
Por essas e outras que tem gente arriscando que a renovação na Câmara Municipal nas próximas eleições será surpreendente. Nomes novos na disputa não faltam. São pré-candidatos a vereador que se apresentam em suas bases com a proposta de serem diferentes de tudo que está aí. Para ajudar nesta linha de pensamento, os atuais vereadores seguem repetindo velhos erros da política.