Cidades

O reajuste do funcionalismo

O índice de reajuste do funcionalismo público municipal, cuja data-base é neste mês, tem dominado os grupos de WhatsApp dos mais diferentes setores da administração e rende comentários dos mais diversos nas redes sociais. Enquanto alguns chegam a garantir que o reajuste vai apenas repor a inflação acumulada nos últimos 12 meses, que foi de 4,08%, segundo o IPCA, grupos mais otimistas apontam para até 7%, o que daria quase 3% de aumento real, o que é pouco provável neste período de vacas magras. 
 
Profetas sem memória
Já pessimistas de plantão, que adoram pregar o caos e falar ao vento, chegam a disseminar que o prefeito Guti conseguirá a façanha de ser pior que o ex-prefeito Eloi Pietá (PT), que – durante anos seguidos – deu apenas 1% de reajuste ao funcionalismo. Porém, há que se ressaltar que diversos municípios brasileiros, atolados em dívidas (bem menores que as de Guarulhos), já avisaram aos servidores que este ano não haverá qualquer reposição.
 
A "força" do  sindicato
Dos mais de 20 mil servidores públicos municipais da Prefeitura de Guarulhos, pouco mais de 5 mil são sindicalizados. Ou seja, três quartos não estão nem aí com os “representantes dos trabalhadores”. Mas todos os celetistas (mais ou menos 19 mil) são obrigados a dar um dia de por ano de seu salário para sustentar a máquina sindical, o que está para cair com a reforma, em aprovação pelo Senado. Neste ano de 2017, a contribuição sindical apurada na folha de pagamento de março rendeu R$ 1.685.611,10, que foram repassados pela Administração ao Stap (cerca de R$ 1,1 milhão) e centrais sindicais, que também ficam com uma parcela do dinheiro do servidor. 
 
Gastos menores
Edição extra do Diário Oficial do Município, nesta quarta-feira, trouxe o contrato entre a Prefeitura e o Instituto Gerir, que passa a administrar o HMU, o HMCA e a Policlínica Paraventi, em um total de R$ 162 milhões por ano. Quem olha somente este número pode até achar o valor alto. Porém, há que se levar em consideração que a administração municipal poderá gastar até R$ 67,2 milhões a menos do que dispende hoje. Fora que o serviço prestado até aqui é sofrível à população.  
 
Emergência
A falta de licitação para a contratação do Instituto Gerir também passou a ser atacada pelos mesmos que se descabelaram quando o Hospital da Criança fechou as portas em um sábado à tarde de abril por falta de médicos. Vale lembrar que a abertura de um processo licitatório para a escolha de uma instituição para gerenciar as unidades de saúde levaria meses. Desta forma, o governo municipal preferiu a contratação emergencial, como forma de resolver o grave problema deixado pela administração passada o mais rápido possível.  
 

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