O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sinalizou nesta quinta-feira, 27, que a instituição não dará continuidade ao programa de swap cambial iniciado em agosto do ano passado e que tinha previsão de terminar no fim de 2014, podendo ser renovado mais uma vez, como já foi no fim do ano passado. “Entendemos que os estoques de derivativo cambiais ofertados já atendem de forma significativa à demanda por proteção cambial na economia”, disse.
Tombini lembrou que os estoques de swap vêm sendo administrados em operações que são renovadas mensalmente. “Vencem quase que uniformemente ao longo dos próximos trimestres e devem continuar a ser renovados no futuro, observadas as condições de demanda”, considerou.
O BC, continuou Tombini, também atua na regulação de liquidez do mercado à vista de dólares e oferecendo aos agentes financeiros linhas com compromissos de recompra. “Essas linhas são sazonalmente ativadas em períodos de final de ano”, disse.
Na avaliação de Tombini, o programa de swap cambial tem atingido “plenamente” seus objetivos. “Em funcionamento desde agosto de 2013, permitiu amortecer as oscilações da taxa de câmbio ao mesmo tempo que fornece proteção aos agentes econômicos.” O volume ofertado até agora, de cerca de um pouco mais de US$ 100 bilhões, corresponde a menos de 30% das reservas internacionais do País.
Tombini fez questão de enfatizar que esses instrumentos não trazem comprometimento a esses ativos, uma vez que são liquidados em reais. “Além do mais os swaps acabam representando uma oportunidade de redução do custo de carregamento das reservas internacionais dentro de parâmetros de risco e retorno”, considerou. “Essa situação não enseja de nossa parte qualquer necessidade no curto e médio prazo de reversão dessas posições”, disse.