Os juros futuros fecharam a sessão em alta nesta terça-feira, 14, definida na parte da tarde e atribuída a fatores técnicos, após oscilarem sem tendência na etapa matutina, ainda tendo as incertezas do cenário externo, mais especificamente a questão do Reino Unido, como pano de fundo. No âmbito interno, as informações de que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) encaminhada pela Fazenda ao Planalto defende fixação de teto de gastos públicos com validade de 20 anos e que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu encaminhar todas as investigações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o juiz Sérgio Moro proporcionaram algum alívio ao mercado na abertura, que, posteriormente, passou a se movimentar ao sabor do câmbio.
Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 encerrou com taxa de 13,740%, de 13,705% no ajuste de ontem, com 140.355 contratos. O DI janeiro de 2018 (167.290 contratos) subiu de 12,66% para 12,69%. Com 121.570 contratos, o DI janeiro de 2019 fechou a 12,52%, de 12,49% no último ajuste. O DI janeiro de 2021 (110.830 contratos) terminou em 12,63%, de 12,59%.
“O mundo segue estressado com a possibilidade de o Reino Unido sair da União Europeia (UE), o que gera aversão ao risco. De ontem para hoje tivemos notícias um pouco melhores, como a do Moro e o Meirelles brigando pelo teto de 20 anos, que fizeram preço na abertura dos negócios”, disse um operador de renda fixa de uma instituição no Rio. Mas, segundo ele, os fatores locais não conseguiram segurar por muito tempo a queda das taxas, que chegaram ao final da manhã já perto dos ajustes.
À tarde, os juros passaram a subir. Nas mesas de operações, os profissionais atribuíram o movimento a fatores técnicos, envolvendo ajustes por parte de investidores estrangeiros. Tais players estariam se desfazendo de posições vendidas nos contratos entre janeiro de 2017 e janeiro de 2019.