O processo de caducidade das concessões detidas pela Abengoa no País deve ser concluído em até três meses, disse o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino. A empresa, que está em recuperação judicial na Espanha e no Brasil, tem nove empreendimentos de transmissão prontos e em operação comercial e sete em construção.
O diretor-geral disse que o processo é demorado, mas está bastante adiantado. “Em mais dois ou três meses, no máximo, devemos fechar o processo”, afirmou, durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.
Rufino disse que o ideal seria que houvesse interessados em comprar todas as concessões da Abengoa no Brasil, evitando que a Aneel tivesse que abrir um processo para cassar as concessões da companhia. Segundo ele, porém, só há interesse do mercado nas linhas que já estão em operação comercial. “Para aquelas linhas em construção, não acredito em uma solução normal de mercado”, disse.
Rufino disse ainda que a Aneel deve realizar um leilão para escolha de novos operadores para as concessões da Abengoa que ainda estão em construção. “Estamos trabalhando nesse processo em paralelo. Fazendo o processo de caducidade, faremos leilão imediatamente”,comentou.