A economia da zona do euro ficou perto da estagnação no terceiro trimestre, após gastos maiores dos consumidores terem sido contrabalançados por investimentos menores e pela contribuição mais fraca do comércio.
Dados da Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia, confirmaram nesta sexta-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,2% entre julho e setembro ante os três meses anteriores e expandiu 0,8% na comparação anual. As variações são iguais às das estimativas preliminares e vieram em linha com as expectativas de analistas consultados pela Dow Jones Newswires.
O recuo nos investimentos impediu uma recuperação mais forte do PIB da região, que havia crescido em ritmo ligeiramente menor de 0,1% no segundo trimestre.
Segundo a Eurostat, as despesas com investimentos recuaram 0,3% no terceiro trimestre ante o segundo e caíram 1,3% no confronto anual, um sinal de que as empresas não estão confiantes de que a economia se recuperará o suficiente para gerar lucros maiores nos próximos anos.
Por outro lado, as taxas baixas de inflação parecem ter impulsionado os gastos dos consumidores, que subiram 0,5% durante o último trimestre. As exportações, por sua vez, cresceram em ritmo mais lento que as importações, o que prejudicou o crescimento, apesar da desvalorização do euro no período.
Ontem, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu sua projeção para a expansão do PIB em 2015 para 1,0%, de 1,6% anteriormente. Fonte: Dow Jones Newswires.