Economia

Argentina: superávit comercial sobe e país compra 34,8% a menos do Brasil

A balança comercial da Argentina registrou um superávit de US$ 1,373 bilhão em maio de 2019, após ele ficar em US$ 1,131 bi em abril, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) do país. Analistas ouvidos pela Trading Economics previam superávit menor, de US$ 980 milhões. O relatório argentino mostrou forte recuo nas compras de produtos do Brasil, na comparação anual, com modesta baixa também nas exportações argentinas ao mercado brasileiro.

Considerando-se toda a balança comercial, as exportações argentinas tiveram aumento de 16,5% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2018, a US$ 6,017 bilhão. As importações, por outro lado, recuaram 28,0%, a US$ 4,644 bilhões. O país tem enfrentado grave crise econômica, com recessão e aumento na pobreza e no desemprego, enquanto o peso argentino recua mais de 36% ante o dólar em um ano.

Apenas com o Brasil, o saldo comercial argentino ficou negativo em US$ 211 milhões. A Argentina exportou US$ 810 milhões em produtos ao País em abril, mas importou US$ 1,021 bilhão. As exportações tiveram queda de 3,5% em maio, na comparação com igual mês do ano passado, enquanto as importações recuaram 34,8%.

Os principais sócios comerciais argentinos em abril foram Brasil, China e Estados Unidos, nessa ordem. Em abril, o País foi destino de 83,6% das exportações argentinas para parceiros do Mercosul, aponta o Indec. O Brasil é ainda o principal destino das exportações argentinas em geral, seguido por China, EUA, Vietnã, Chile e Holanda.

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