A Bovespa interrompeu o rali de altas dos últimos dez dias e fechou em baixa de 0,21% nesta quarta-feira, 20, aos 56.578,04 pontos. A leve realização de lucros aconteceu ainda em meio ao sentimento mais otimista com a economia do País e ao ingresso de recursos externos, que vêm sustentando o mercado acionário nos últimos dias. A queda aconteceu apesar do bom desempenho das bolsas americanas e da alta dos preços do petróleo no mercado internacional.
Na lista das ações que mais caíram estiveram algumas das que mais haviam subido ultimamente. É o caso dos papéis do setor de Educação, que teve Kroton ON como maior queda do Ibovespa. Mesmo com a queda de 5,02%, o papel da empresa acumula ganho de 59,21% em 2016. Ações de siderurgia e mineração também recuaram, ajudando a puxar o Ibovespa para o terreno negativo. Mesmo com o minério de ferro estável no mercado chinês, os papéis da Vale terminaram o dia com perdas de 1,96% (ON) e 0,37% (PNA).
A alta dos preços do petróleo não evitou uma correção nas ações ordinárias da Petrobras (-1,30%), as preferidas dos investidores estrangeiros. Já as preferenciais oscilaram perto da estabilidade e terminaram o dia com ganho de 0,34%.
Já as altas mais relevantes do dia ficaram com papéis que recentemente passaram a representar a expectativa de melhora da economia brasileira e de movimentações corporativas. Foi o caso de algumas ações do setor imobiliário, como BR Malls, que subiu 2,61%. O setor elétrico sustentou alta durante quase todo o pregão, mas perdeu fôlego à tarde. Nesse grupo, Cemig PN manteve os ganhos e fechou em alta de 0,91%.
No topo das altas do Ibovespa ficou a ação da Smiles, que subiu 7,77%, influenciada pela expectativa de melhora nos seus resultados trimestrais, cuja divulgação está marcada para 5 de agosto. Bancos estrangeiros e brasileiros vêm projetando melhora nas margens e no lucro de companhias do setor de turismo.