A prisão do desempregado Ronaldo da Silva Owsany, acusado de matar a auxiliar de produção Kátia Serafim, 30 anos, no dia 19 de março trouxe alívio para a família da vítima, que estava inconformada com a manutenção da liberdade do acusado mesmo depois de ele ter passado três meses foragido.
O mesmo juiz que permitiu que o acusado respondesse pelo crime em liberdade revisou sua decisão, decretando a prisão preventiva do acusado. Desta forma, é possível que ele fique preso até o julgamento.
"Isso tirou um peso enorme das nossas costas. Não sei em quanto tempo deve acontecer o julgamento, mas desde que ele fique atrás das grades fico satisfeita", comentou Dulce Serafim, 28, sobrinha da vítima.
O corpo de Kátia foi encontrado dentro de uma fossa na casa do acusado após de ela ter ficado dois dias desaparecida. A causa da morte foi traumatismo craniano. Owsiany tornou-se foragido da polícia e só se entregou no dia 9 de junho junto com um advogado. Na época, foi solicitada a prorrogação da prisão temporária do desempregado, mas o Ministério Público foi contrário ao pedido afirmando que havia indícios suficientes de autoria, o que tornaria a detenção do acusado desnecessária.
O juiz Jorge Luiz Bittencourt Cano foi favorável ao MP e decidiu pela liberdade do desempregado. Na última segunda-feira, o mesmo juíz revisou sua decisão e optou pela decretação da prisão preventiva do acusado. "Não esperava que isso fosse acontecer depois de ele ter sido liberado pouco depois de se apresentar à polícia. O fato de ele estar preso não vai trazer a Kátia de volta, mas fico aliviada com a decisão", afirmou Dulce.
Owsiany foi encontrado pela polícia descansando em uma rede no quintal de sua casa, próximo à fossa onde o corpo foi jogado. No momento, ele está preso no Centro de Detenção Provisória I, em Pinheiros.