Os juros futuros sobem, sendo o movimento mais acentuado nos longos, em meio à cautela global após a inesperada troca do presidente do Banco Central da Turquia, o que gera aversão a ativos de países emergentes, que são de mais risco. Ao mesmo tempo, a cena local é repleta e ruídos envolvendo manifestações contrárias ao negacionismo do presidente Jair Bolsonaro em meio à piora da pandemia de covid-19.
Além disso, o Relatório Focus voltou a trazer nesta segunda-feira, 22, nova rodada de deterioração acentuada das expectativas do mercado para a inflação, além de projeção de Selic maior este ano. "No Brasil, há acúmulo de informações negativas para o governo federal, especialmente centradas na figura do presidente Bolsonaro e sua péssima condução da pandemia. Dentre os destaques, vale mencionar a divulgação de carta assinada por mais de 500 economistas e banqueiros criticando a gestão da crise e sugerindo caminhos", ressaltam economistas da Renascença DTVM, em nota a clientes.
Às 9h10 desta segunda-feira, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subia a 8,15%, de 8,08% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 ia para 6,26%, de 6,22% no ajuste de sexta-feira, e o para janeiro de 2022 estava em 4,62%, mesma taxa do ajuste anterior.