Policial

Advogado acredita em pena máxima para acusado de matar delegada

Defesa tentou, sem sucesso, retirar alguns agravantes do crime de homicídio

O advogado Cristiano Medina da Rocha, advogado da família da delegada Denise Quioca – morta pelo ex-namorado em dezembro de 2010 – concedeu entrevista coletiva na manhã de ontem, em seu escritório no Centro da cidade, para falar sobre a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que manteve as qualificadoras de homicídio triplamente qualificado pronunciadas pelo Ministério Público (MP) ao réu Fábio Agostino Macedo, acusado de assassinar a delegada. Segundo Medina, a decisão do TJ representou a primeira vitória no processo. "Mesmo sabendo que a defesa pode tentar desqualificar as qualificadoras no julgamento, foi uma vitória para nós a decisão dos desembargadores em mantê-las. Acredito que o acusado pode receber 30 anos de pena", comentou.

A defesa do acusado tentou, junto ao TJ, retirar algumas qualificadoras após a pronúncia do MP mas, por unanimidade, os três desembargadores do Tribunal (Alberto Viegas, Nilton Oliveira Neves e Otávio Almeida Toledo) decidiram manter todas as acusações de que Fábio matou a Denise por motivos torpe, com crueladade e que impossibilitou a defesa da vítima.

Em junho do ano passado o juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano, do Fórum de Guarulhos, já havia decidido mandar o réu a júri popular e, a expectativa agora é para a data do julgamento que pode ser realizado ainda este ano. "Até a semana que vem acredito que o processo já volte ao Fórum de Guarulhos e o juiz Leandro Cano deve marcar o julgamento para setembro ou Outubro deste ano", analisou Medina.

Denise foi namorada de Fábio durante oito anos

Denise e Fábio tiveram um relacionamento por oito anos que terminou em 2009. A delegada fez várias queixas à corregedoria da Polícia Civil denunciando as agressões do ex-namorado.

O ex-investigador foi expulso da polícia em dezembro de 2010, poucos dias antes de matar a delegada, acusado entre outras coisas de agressão e abuso de autoridade. No dia 23 de dezembro, Fábio Agostino Macedo, invade a sala da delegada no 1º Distrito Policial e dispara 17 vezes contra ela. Policiais que estavam na delegacia prendem em flagrante o ex-investigador, mas Denise não resiste aos ferimentos.

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