Economia

Juros futuros fecham em baixa com decisão do BoE, Ilan, dólar e fiscal

Os juros futuros de médio e longo prazos confirmaram no fechamento o sinal de baixa que prevaleceu desde a abertura dos negócios, refletindo principalmente a decisão de política monetária na Inglaterra, que elevou o apetite do investidor por ativos de risco. Contribuíram para o alívio dos prêmios o dólar em queda, a redução do estresse com o cenário fiscal após o governo afirmar que “não há recuo” na postura de ajuste e, ainda, declarações do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, dadas em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. As taxas curtas fecharam próximas dos ajustes anteriores.

Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 (139.247 contratos) fechou em 13,980%, de 13,990% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2018 (86.300 contratos) caiu de 12,83% para 12,78%. O DI janeiro de 2019 (92.408 contratos) encerrou na mínima de 12,20%, ante 12,30%. O DI janeiro de 2021 (83.332 contratos) terminou em 11,97%, de 12,08%.

O mercado já abriu repercutindo a decisão do Banco da Inglaterra (BoE) de cortar os juros para a mínima histórica de 0,25% e elevar seu programa de compra de ativos, de 375 bilhões de libras para 435 bilhões de libras, além da indicação de novos cortes futuros e de que o programa poderá ser ampliado. Sobretudo para países emergentes, as medidas significam liquidez farta para os investidores em busca de elevados retornos, o que ajudou moedas e títulos destes mercados.

À tarde, as taxas longas ampliaram o declínio e bateram as mínimas da sessão, na medida em que o dólar testava a casa dos R$ 3,20, e com o petróleo, que pela manhã estava volátil, se firmando em alta de mais de 2%. Investidores citaram ainda a entrevista do presidente do BC, na qual demonstrou muita confiança em relação à estratégia da política monetária, de condução da inflação para o centro da meta em 2017. “Está havendo desinflação, que tem ocorrido e vai ocorrer nos próximos anos. Estamos vendo as expectativas de inflação diminuindo de forma sistemática”, disse.

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