Durante a live da noite desta sexta-feira, 3/7, o prefeito Guti avisou que vai recorrer da decisão liminar do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a pedido do governador João Doria, que obriga Guarulhos a cumprir medidas da fase laranja do Plano SP.
A decisão faz o município retroagir, por exemplo, na reabertura de salões de beleza e igrejas, já determinada por Guti, tendo em vista os números regulares que a cidade tem apresentado no combate ao coronavírus.
O GuarulhosWeb publicou estudo que mostra a região do Alto Tietê, mantida pelo governador João Doria na fase laranja, equiparada e até, em alguns quesitos, melhor do que outras áreas privilegiadas pelo chefe do executivo estadual.
Além dos salões de beleza, em Guarulhos, a medida prejudica os shoppings, que estavam funcionando 6 horas por dia e agora poderão, no máximo, atender durante 4 horas, bem como todo o comércio de rua. Bares, restaurantes e academias, com reabertura prevista, segundo a flexibilização municipal, para a próxima semana, terão que aguardar uma nova qualificação do Plano SP ou uma possível vitória guarulhense na Justiça.
“Nós temos uma liminar, a qual temos que cumprir. Vamos, obviamente, tentar nos defender. Segunda-feira iremos ao judiciário recorrer, mostrar nossas ações. Numericamente, na visão dos nossos técnicos, podemos continuar e progredir com a abertura de bares e restaurantes. A gente estuda muito com nossos técnicos”, afirmou Guti.
“É incoerente o que o Estado faz com a Região Metropolitana na minha visão. As pessoas de Itaquá, que voltou para a fase vermelha, vão buscar serviços em Guarulhos, já que dividem fronteira, e isso prejudica. A mesma coisa acontece com Guarulhos e São Paulo, que está na fase 3. As pessoas vão buscar o comércio na Capital. Não dá pra separar a Região Metropolitana. É um contrassenso e as pessoas vão transitar muito entre as cidades. A taxa de isolamento tende a cair”, completou.
De acordo com o último Boletim Epidemiológico, Guarulhos registrou a melhor ocupação de leitos de UTI desde o início da pandemia. O sistema, que já chegou a colapsar, tem no momento apenas 57% das unidades em atendimento.