O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 4,3 pontos em janeiro ante dezembro, alcançando 89,0 pontos, o maior nível desde maio de 2014 (92,2 pontos), informou na manhã desta terça-feira, 31 a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,0 ponto, para 86,7 pontos.
A alta na confiança industrial ocorreu em 15 de 19 segmentos pesquisados e atingiu tanto as avaliações sobre a situação atual quanto as perspectivas das empresas para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE) subiu 4,7 pontos, para 91,0 pontos, e o Índice da Situação Atual (ISA) teve alta de 3,8 pontos, para 87,0 pontos.
A maior contribuição para a elevação do IE em janeiro veio do indicador que mede as perspectivas para o pessoal ocupado nos três meses seguintes. O componente subiu 7,4 pontos, para 89,2 pontos, recuperando a perda acumulada de 6,0 pontos nos cinco meses anteriores. Houve elevação do porcentual de empresas que projetam aumento do total de pessoal ocupado, de 11,1% para 14,1% do total, e redução da parcela das que preveem diminuição do quadro de pessoal, de 21,7% para 16,7%.
A situação atual dos negócios exerceu a maior influência para a elevação do ISA em janeiro. Após três quedas sucessivas, o indicador subiu 5,2 pontos em janeiro, para 82,9 pontos. O porcentual de empresas que consideram a situação dos negócios boa aumentou de 10,7% para 16,7% do total, enquanto a fatia que a considera fraca diminuiu, de 46,7% para 43,5%.
A FGV destaca, contudo, que mesmo com a melhora neste mês, o indicador permanece há quatro meses como o menor entre os componentes do ICI, indicando que a percepção em relação ao estado geral dos negócios é ainda pior que a percepção em relação ao nível de atividade.
“Com a alta expressiva de janeiro, o ICI recupera o terreno perdido após setembro, quando o desapontamento com a evolução dos negócios no segundo semestre interrompeu a tendência de alta que vinha sendo observada no ano passado. O setor parece estar reagindo a uma combinação de aceleração da produção no final do ano e do ritmo de queda dos juros a partir de janeiro”, afirma Aloisio Campelo Junior, Superintendente de Estatísticas Públicas do Ibre/FGV.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) atingiu 74,6% em janeiro, 1,7 ponto porcentual acima do mês passado, quando havia registrado o menor nível da série histórica iniciada em 2001.
A edição de janeiro de 2017 do ICI coletou informações de 1.089 empresas entre os dias 2 e 26 deste mês. A próxima divulgação desse indicador será no dia 24 de fevereiro de 2017, sendo que a prévia do resultado será publicada no site do Ibre/FGV no dia 20 de fevereiro.