Economia

Não sou Fittipaldi, mas nem Barrichello, diz Marun de tramitação da Previdência

O presidente da comissão especial da reforma da Previdência, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), afirmou nesta quarta-feira, 8, que vai conduzir as discussões de forma “serena”, mas ao mesmo tempo “firme e metódica” para que os trabalhos sejam concluídos “o mais rápido possível”. Ele negou, contudo, que tenha sido nomeado para o posto com o objetivo de acelerar a tramitação da PEC.

“Alguém ouviu falar que eu sou por acaso o Fittipaldi para acelerar? Também não sou Barrichello, que é um grande piloto, mas não sou eu nenhum acelerador”, disse Marun, em referência a Emerson Fittipaldi, um dos pilotos brasileiros mais vitoriosos da Fórmula 1, e Rubens Barrichello, piloto que constantemente era alvo de piadas pela suposta “lentidão” nas pistas.

De acordo com o deputado, a ideia é que o relatório seja concluído até o fim de março para ser votado em seguida. A comissão especial que analisará o texto enviado pelo Executivo foi criada ontem e inicia os trabalhos amanhã. O peemedebista afirma que a meta de aprovar a reforma no Congresso no primeiro semestre tem condições de ser cumprida.

“A economia depende desse ajuste, o Brasil precisa voltar a crescer”, disse Marun após deixar uma reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo o deputado, o ministro salientou que a aprovação da PEC seria muito positiva, pois contribuiria para a “continuação da retomada que o Brasil está vivendo”.

“A proposta é boa. Obviamente não ficaremos lá somente como carimbador de projeto, vamos analisar, mas tenho conversado com parlamentares, existe a consciência sobre a necessidade da reforma. Deve receber alguns aprimoramentos, mas não cabe a mim dizer quais”, afirmou Marun.

A visita ao ministro Meirelles, segundo o peemedebista, já estava agendada antes de ele ser indicado para a presidência da comissão especial no último fim de semana, após a desistência de Sergio Zveiter (PMDB-RJ). O deputado disse que apresentou planos para a retomada do setor da construção, como a reativação de mais de mil obras em municípios cujo valor seja de até R$ 10 milhões e a criação de um programa de moradias para municípios com menos de 250 mil habitantes.

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