Economia

Juros futuros fecham em queda com melhora externa e cenário político

Os juros futuros fecharam a quinta-feira, 15, em baixa, nas mínimas do dia, amparados na melhora do ambiente externo no período da tarde e em notícias positivas no campo político no Brasil, que também levaram o dólar a renovar mínimas na etapa vespertina. Ao encerramento da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 terminou na mínima de 12,59%, ante 12,63% no ajuste anterior, com 152.340 contratos. O DI janeiro de 2019 (265.465 contratos) caiu de 12,10% para 12,05%. O DI janeiro de 2021 (257.260 contratos) encerrou em 12,12%, de 12,20%. O DI janeiro de 2023 (62.245 contratos) recuou de 12,42% para 12,33%.

A sessão foi de volatilidade nas taxas, que alternaram movimentos de queda e depois de alta ao longo da manhã. Primeiramente, indicadores mais fracos da economia norte-americana reforçaram a percepção de que os juros nos EUA não devem subir na reunião do Federal Reserve da próxima semana e também enfraqueceram apostas de alta no encontro de dezembro. Depois, entrou em cena a pressão compradora típica das operações de proteção contra o risco prefixado dos papéis ofertados pelo Tesouro Nacional, que hoje conseguiu colocar um grande lote, de 12 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN). Passado o leilão, as taxas iniciaram a etapa vespertina perto da estabilidade.

“Houve uma boa melhora de humor lá fora contribuindo para esse movimento à tarde, nas bolsas e moedas emergentes, e o câmbio acabou arrastando o DI”, afirmou o economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Alves de Melo. “E a notícia do Centrão potencializou a queda”, complementou.

O líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), afirmou que deputados do chamado Centrão entregaram ao presidente Michel Temer uma nota de “compromisso e apoio” às ações do governo e que, durante almoço realizado no Palácio do Planalto, reafirmaram a intenção de colaborar com a aprovação da PEC do teto dos gastos.

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