Na contramão da desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 0,28% em novembro, ante 0,42% em outubro, o grupo Habitação avançou 1,27%, com impacto de alta de 0,20 ponto porcentual (p.p.) na passagem de outubro para novembro. O movimento foi puxado pela conta de luz.
“A energia elétrica foi o item de maior impacto de alta no IPCA de novembro”, disse Fernando Gonçalves, gerente de Índices de Preços ao Consumidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A energia elétrica subiu 4,21%, com impacto de alta (0,15 p.p.).
Os gastos no grupo Habitação foram impactados também pelo botijão de gás. No IPCA de novembro, o item avançou 1,57%, acumulando alta de 14,75% no ano até novembro. O IPCA do mês passado não captou o reajuste de 8,9% anunciado pela Petrobras, para o preço nas refinarias, no último dia 5. Segundo Gonçalves, os preços nas refinarias já acumulam alta de 69,25% no ano até novembro.
No grupo Habitação ainda houve alta de 1,32% na taxa de água e esgoto, puxado pelo reajuste da tarifa da Sabesp em São Paulo. A conta de água subiu 7,89%, em 10 de novembro, e ainda terá reflexos no IPCA de dezembro.
O impacto de alta do grupo Habitação foi duas vezes o segundo maior impacto, no grupo Transportes, com avanço de 0,52% e impacto de 0,09 p.p. na passagem de outubro para novembro. O destaque foram os combustíveis. A gasolina subiu 2,92% no IPCA de novembro, enquanto o etanol avançou 4,14%.